Infantilidade é sinônimo de natural e espontâneo, e não uma característica específica das crianças. Podemos sim encontrar crianças sem infantilidade, como é o caso das crianças maldosas ou mal educadas que nunca se comportariam infantilmente. Por isso, não podemos restringir esse conceito, ele é muito mais abrangente e está ligado com a pureza, pureza de sentimentos e pensamentos, em que nós como criaturas humanas deveríamos tê-lo como algo natural, como condição de aprendiz nesta Criação, a qual nos possibilitou peregrinar, vivenciar e colher aprendizados continuamente.
Vejamos um exemplo: uma criancinha expressou-se para a sua avó com os seguintes dizeres: “Vovó, tchau e obrigado!”, na despedida em um de seus passeios na casa de seus avós. Seu modo de se expressar fluiu com tanta pureza e naturalidade que a senhora já idosa com quase 80 anos não se conteve, abraçou emocionado o pequeno neto.
Outro exemplo: uma criança se pendura nas grades do portão, vindo a acenar para desejar uma mensagem de despedida com um simples tchau, sendo expresso de forma tão pura, que vários pais partem abalados emocionalmente ao trabalho, mas pensativos... “Como é possível uma criança desestruturar um adulto com uma singela expressão?”
A resposta é a infantilidade, uma qualidade que deveria ser mantida inclusive pelos adultos e somada à verdadeira humildade, possibilitando a ponte de nosso corpo terreno mais pesado e o mais fino para receber de outras fontes e, mantendo esta capacidade, poder oferecer e distribuir verdadeiramente, imperando o desejado e necessário Dar e Receber.
Diferente é a mania de presumir sobre tudo, no qual o nosso raciocínio trabalha arduamente para dessecar e demonstrar conhecimentos, conhecimentos fictícios que até agora não foram capazes de proporcionar a paz, harmonia, equilíbrio e a verdadeira felicidade.
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